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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A RAINHA INJUSTIÇADA



Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine (Viena, 2 de novembro 1755 - Paris, 16 de Outubro 1793), arquiduquesa da Áustria e rainha consorte da França de 1774 até a Revolução Francesa, em 1789, era a filha mais nova de Maria Teresa de Hasburgo e de Francisco Estevão de Lorena, respectivamente, rainha soberana da Áustria e imperador do Sacro Império Romano Germânico. Casou-se em 1770, aos catorze anos de idade, com o delfim francês Luís Augusto, que, em 1774, tornou-se o rei de França, com o nome de Luís XVI.




A infância de Maria Antonieta teve como cenário a corte de Viena. Ainda é conhecido hoje em dia o seu noivado com Mozart, o grande compositor, que, sendo então apenas uma criança de 5 anos, acreditava ingenuamente estar noivo da formosa filha dos soberanos do Sacro Império Romano-Germânico. Sua formação foi católica conservadora rígida.
A sua mãe, a Imperatriz Maria Teresa da Áustria, seguindo a prática dos soberanos da época, colocou o casamento dos seus filhos ao serviço da sua política externa. O casamento de Maria Antonieta com o delfim (príncipe real) de França, Luís Augusto, futuro Luís XVI, foi o corolário de uma política que visava a reconciliação da Casa de Habsburgo com a Casa de Bourbon, limitando assim as ambições da Prússia e Inglaterra.




Sendo filha da Imperatriz da Áustria, Maria Antonieta estaria vocacionada a exercer alguma influência política na França. Casou em 1770, com apenas catorze anos, tornando-se rainha com dezoito anos, quando o seu marido foi coroado rei Luís XVI.



No início da sua vida em Versalhes, num piscar de olhos, Maria Antonieta usou sua nova posição para criar uma certa "fantasia". Dispensou boa parte das damas de companhia, e povoou a corte de gente jovem e elegante. A Rainha adorava organizar corridas de cavalo, e se divertia em passeios de carruagem. Estas, por ordem dela, corriam a toda velocidade.
O que mais fascinava Maria Antonieta, entretanto, eram as festas das noites parisienses, e a animação das mesmas. Freqüentava óperas, teatros, e participava de bailes. Nestes, as mulheres compareciam mascaradas. Assim, podia se misturar com plebeus, sem ser, no entanto, reconhecida. Luís XVI não se incomodava em deixá-la ir se divertir sem ele. Maria Antonieta teve várias amigas, como a princesa de Lamballe e a duquesa de Polignac. Maria Antonieta, também, interessou-se pela filosofia política, história, e literatura.



Em 1774, com a morte de Luis XV, seu marido Luís Augusto foi coroado como Luís XVI. O povo a amava mas ainda era vítima de piadas por não gerar um filho. Entretanto, em 1781 Maria Antonieta teve sua primeira filha, Maria Teresa Carlota.




Ao ter sua primeira filha, Luis XVI deu-lhe de presente o célebre Petit Trianon, um palácio de pequenas dimensões nas imediações de Versalhes, o qual denominou "novo refúgio". Existindo, afinal, uma "mini-villa" campestre, onde havia vários animais do campo, uma horta e, obviamente, criados para a manutenção do espaço, Maria Antonieta tornou-se mais simples, algo notável nas suas roupas, que se tornavam agora menos complexas e luxuosas. Supostamente, ali terá conhecido o conde Fersen, com quem manteve um romance. Porém este tempo de paz veria o fim brevemente, após diversos escândalos do interior do palácio que viraram manchetes políticas, e de um Inverno rigoroso, que destronou a produção agrícola e emergiu a população num autêntico morticínio, devido à escassez de alimentos e ao frio e, consequentemente, à fome. Estava prestes a começar o declínio de Maria Antonieta.




Tendo desautorizado as reformas financeiras propostas por Turgot e Necker, os seus inimigos apelidaram-na de "a austríaca", "madame" ou "rainha do déficit". O escândalo provocado pelo caso do colar de diamantes e a campanha de panfletos denegrindo a sua imagem levou-a a um certo isolamento, deixando de receber audiências de nobres e literatos, o que a afastou ainda mais da alta sociedade francesa. Atribui-se, à Maria Antonieta, uma famosa frase: "Se não têm pão, que sirvam brioches", que teria sido proferida a uma de suas camareiras certa vez que um grupo de pobres foi ao palácio pedir pão para comer. No entanto, é consenso entre os historiadores que a rainha nunca disse a frase, que acabou sendo usada contra ela durante a Revolução Francesa. Os registros históricos mostram, claramente, que, na época de sua coroação, Maria Antonieta se angustiava com a situação dos pobres. Em uma de suas cartas à mãe, ela chega a comentar o alto preço do pão. Diz, também, o seguinte: "Tendo visto as pessoas nos tratarem tão bem, apesar de suas desgraças, estamos ainda mais obrigados a trabalhar pela felicidade deles".



Em 1789, a família real foi detida no palácio de Versailles e levada pelos revolucionários para o Palácio das Tulherias. Ficou aí detida com seu marido e filhos, até que, em 1792, com o auxílio do conde Axel Fersen, foi tentada uma fuga, mas foram reconhecidos e detidos quando passavam em Varennes. Esse episódio ficou conhecido como a Noite de Varennes.
Durante a Revolução, os seus inimigos alegavam que ela recusava as possibilidades de acordo com os moderados, procurando que o rei favorecesse os extremistas para inflamar mais a batalha. Depois da fuga e prisão em Varennes, alegavam também que ela procurava romper um conflito bélico entre França e Áustria, esperando a derrota francesa.
Depois da execução de Luís XVI, Maria Antonieta ficou conhecida como "Viúva Capeto", sendo condenada à morte por traição, morrendo na guilhotina em 16 de Outubro de 1793.



Maria Antonieta sentou-se sobre um assento de madeira. Dois meses de Conciergerie haviam feito daquela rainha de 38 anos uma velha. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, com hemorragia e os seus cabelos loiros ficaram brancos. O presidente procedeu o interrogatório. Quando lhe foi perguntado seu nome, a acusada respondeu, com voz alta e clara: "Maria Antonieta da Áustria e da Lorena, trinta e oito anos, viúva do rei da França."
As perguntas sucederam-se de modo desordenado, algumas sem a menor importância. De repente, houve o testemunho sensacional de um sapateiro, um certo Simon: Maria Antonieta, durante seu cativeiro, teria submetido seu jovem filho a atos incestuosos. A acusada ficou pálida e visivelmente emocionada: "A natureza se recusa a permitir tal acusação feita a uma mãe", gritou ela: "Eu apelo a todas as mães que por ventura aqui estiverem". Esse tom sofrido produziu sobre todos uma forte impressão. As pessoas recusaram-se a acreditar em tamanha monstruosidade.
Em seguida, foi a vez das testemunhas. Quarenta e uma pessoas desfilaram por ali, sem fazer qualquer contribuição útil ao processo. No interrogatório, ela foi acusada de ser a instigadora da Guerra Civil. Depois veio a defesa e, então, Maria Antonieta foi condenada à morte e foi decapitada no dia 16 de outubro de 1793.

4 comentários:

Inspirações disse...

Triste história. Já tinha estudado sobre ela, mas não tinha visto por este ângulo.

Olha, precisando aqui estou. Um grande abraço!

inspiracoes.matinais@gmail.com
http://inspiracoesmatinais.blogspot.com

Flavita disse...

Silvinha... Amei o post, adoro aprender algo, descobrir curiosidades da história de maneira geral...
Realmente uma triste história e que nos faz refletir...
Muito show!!!
Sempre que lhe for possível, traga novidades como essa para que possamos aprender um pouco mais, ok?
Bjkas
Flavita

PS:Estou me segurando pra não plagiar.......kkkkkkkkkk

SIRLENE disse...

Ja li sobre ela, e assisti o filme e achei meio lite naun gostei muito

Unknown disse...

Estou lendo um livro espírita que se chama MARIA ANTONIETA, O RETORNO DA RAINHA, de Heloísa Pires. Por isso passei por aqui, para ver o que a literatura fala a respeito da rainha.




Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine (Viena, 2 de novembro 1755 - Paris, 16 de Outubro 1793), arquiduquesa da Áustria e rainha consorte da França de 1774 até a Revolução Francesa, em 1789, era a filha mais nova de Maria Teresa de Hasburgo e de Francisco Estevão de Lorena, respectivamente, rainha soberana da Áustria e imperador do Sacro Império Romano Germânico. Casou-se em 1770, aos catorze anos de idade, com o delfim francês Luís Augusto, que, em 1774, tornou-se o rei de França, com o nome de Luís XVI.




A infância de Maria Antonieta teve como cenário a corte de Viena. Ainda é conhecido hoje em dia o seu noivado com Mozart, o grande compositor, que, sendo então apenas uma criança de 5 anos, acreditava ingenuamente estar noivo da formosa filha dos soberanos do Sacro Império Romano-Germânico. Sua formação foi católica conservadora rígida.
A sua mãe, a Imperatriz Maria Teresa da Áustria, seguindo a prática dos soberanos da época, colocou o casamento dos seus filhos ao serviço da sua política externa. O casamento de Maria Antonieta com o delfim (príncipe real) de França, Luís Augusto, futuro Luís XVI, foi o corolário de uma política que visava a reconciliação da Casa de Habsburgo com a Casa de Bourbon, limitando assim as ambições da Prússia e Inglaterra.




Sendo filha da Imperatriz da Áustria, Maria Antonieta estaria vocacionada a exercer alguma influência política na França. Casou em 1770, com apenas catorze anos, tornando-se rainha com dezoito anos, quando o seu marido foi coroado rei Luís XVI.



No início da sua vida em Versalhes, num piscar de olhos, Maria Antonieta usou sua nova posição para criar uma certa "fantasia". Dispensou boa parte das damas de companhia, e povoou a corte de gente jovem e elegante. A Rainha adorava organizar corridas de cavalo, e se divertia em passeios de carruagem. Estas, por ordem dela, corriam a toda velocidade.
O que mais fascinava Maria Antonieta, entretanto, eram as festas das noites parisienses, e a animação das mesmas. Freqüentava óperas, teatros, e participava de bailes. Nestes, as mulheres compareciam mascaradas. Assim, podia se misturar com plebeus, sem ser, no entanto, reconhecida. Luís XVI não se incomodava em deixá-la ir se divertir sem ele. Maria Antonieta teve várias amigas, como a princesa de Lamballe e a duquesa de Polignac. Maria Antonieta, também, interessou-se pela filosofia política, história, e literatura.



Em 1774, com a morte de Luis XV, seu marido Luís Augusto foi coroado como Luís XVI. O povo a amava mas ainda era vítima de piadas por não gerar um filho. Entretanto, em 1781 Maria Antonieta teve sua primeira filha, Maria Teresa Carlota.




Ao ter sua primeira filha, Luis XVI deu-lhe de presente o célebre Petit Trianon, um palácio de pequenas dimensões nas imediações de Versalhes, o qual denominou "novo refúgio". Existindo, afinal, uma "mini-villa" campestre, onde havia vários animais do campo, uma horta e, obviamente, criados para a manutenção do espaço, Maria Antonieta tornou-se mais simples, algo notável nas suas roupas, que se tornavam agora menos complexas e luxuosas. Supostamente, ali terá conhecido o conde Fersen, com quem manteve um romance. Porém este tempo de paz veria o fim brevemente, após diversos escândalos do interior do palácio que viraram manchetes políticas, e de um Inverno rigoroso, que destronou a produção agrícola e emergiu a população num autêntico morticínio, devido à escassez de alimentos e ao frio e, consequentemente, à fome. Estava prestes a começar o declínio de Maria Antonieta.




Tendo desautorizado as reformas financeiras propostas por Turgot e Necker, os seus inimigos apelidaram-na de "a austríaca", "madame" ou "rainha do déficit". O escândalo provocado pelo caso do colar de diamantes e a campanha de panfletos denegrindo a sua imagem levou-a a um certo isolamento, deixando de receber audiências de nobres e literatos, o que a afastou ainda mais da alta sociedade francesa. Atribui-se, à Maria Antonieta, uma famosa frase: "Se não têm pão, que sirvam brioches", que teria sido proferida a uma de suas camareiras certa vez que um grupo de pobres foi ao palácio pedir pão para comer. No entanto, é consenso entre os historiadores que a rainha nunca disse a frase, que acabou sendo usada contra ela durante a Revolução Francesa. Os registros históricos mostram, claramente, que, na época de sua coroação, Maria Antonieta se angustiava com a situação dos pobres. Em uma de suas cartas à mãe, ela chega a comentar o alto preço do pão. Diz, também, o seguinte: "Tendo visto as pessoas nos tratarem tão bem, apesar de suas desgraças, estamos ainda mais obrigados a trabalhar pela felicidade deles".



Em 1789, a família real foi detida no palácio de Versailles e levada pelos revolucionários para o Palácio das Tulherias. Ficou aí detida com seu marido e filhos, até que, em 1792, com o auxílio do conde Axel Fersen, foi tentada uma fuga, mas foram reconhecidos e detidos quando passavam em Varennes. Esse episódio ficou conhecido como a Noite de Varennes.
Durante a Revolução, os seus inimigos alegavam que ela recusava as possibilidades de acordo com os moderados, procurando que o rei favorecesse os extremistas para inflamar mais a batalha. Depois da fuga e prisão em Varennes, alegavam também que ela procurava romper um conflito bélico entre França e Áustria, esperando a derrota francesa.
Depois da execução de Luís XVI, Maria Antonieta ficou conhecida como "Viúva Capeto", sendo condenada à morte por traição, morrendo na guilhotina em 16 de Outubro de 1793.



Maria Antonieta sentou-se sobre um assento de madeira. Dois meses de Conciergerie haviam feito daquela rainha de 38 anos uma velha. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, com hemorragia e os seus cabelos loiros ficaram brancos. O presidente procedeu o interrogatório. Quando lhe foi perguntado seu nome, a acusada respondeu, com voz alta e clara: "Maria Antonieta da Áustria e da Lorena, trinta e oito anos, viúva do rei da França."
As perguntas sucederam-se de modo desordenado, algumas sem a menor importância. De repente, houve o testemunho sensacional de um sapateiro, um certo Simon: Maria Antonieta, durante seu cativeiro, teria submetido seu jovem filho a atos incestuosos. A acusada ficou pálida e visivelmente emocionada: "A natureza se recusa a permitir tal acusação feita a uma mãe", gritou ela: "Eu apelo a todas as mães que por ventura aqui estiverem". Esse tom sofrido produziu sobre todos uma forte impressão. As pessoas recusaram-se a acreditar em tamanha monstruosidade.
Em seguida, foi a vez das testemunhas. Quarenta e uma pessoas desfilaram por ali, sem fazer qualquer contribuição útil ao processo. No interrogatório, ela foi acusada de ser a instigadora da Guerra Civil. Depois veio a defesa e, então, Maria Antonieta foi condenada à morte e foi decapitada no dia 16 de outubro de 1793.

4 comentários:

Inspirações disse...

Triste história. Já tinha estudado sobre ela, mas não tinha visto por este ângulo.

Olha, precisando aqui estou. Um grande abraço!

inspiracoes.matinais@gmail.com
http://inspiracoesmatinais.blogspot.com

Flavita disse...

Silvinha... Amei o post, adoro aprender algo, descobrir curiosidades da história de maneira geral...
Realmente uma triste história e que nos faz refletir...
Muito show!!!
Sempre que lhe for possível, traga novidades como essa para que possamos aprender um pouco mais, ok?
Bjkas
Flavita

PS:Estou me segurando pra não plagiar.......kkkkkkkkkk

SIRLENE disse...

Ja li sobre ela, e assisti o filme e achei meio lite naun gostei muito

Unknown disse...

Estou lendo um livro espírita que se chama MARIA ANTONIETA, O RETORNO DA RAINHA, de Heloísa Pires. Por isso passei por aqui, para ver o que a literatura fala a respeito da rainha.